Setor de serviços encolhe 1,6%, puxado por queda no ramo de transportes

O volume de serviços prestados no Brasil recuou 1,6% em abril. O tombo, influenciado pela queda das atividades de transportes, interrompe o ritmo positivo do setor responsável pela maior movimentação da economia nacional, que cresceu 2,1% entre fevereiro e março.

Mesmo com o resultado negativo apresentado nesta quinta-feira (15) pela PMS (Pesquisa Mensal de Serviços), do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), o setor de serviços avançou 2,7%, na comparação com o mesmo mês do ano passado. Trata-se da 26ª taxa positiva consecutiva na base de comparação.

Com a queda apurada em abril, o volume de serviços passa a acumular alta de 4,8% neste ano. Já nos últimos 12 meses, a taxa caiu de 7,3% (em março) para 6,8%, o menor resultado para uma base anual desde agosto de 2021 (+5,1%), período muito afetado pela pandemia do novo coronavírus.

Rodrigo Lobo, gerente responsável pela pesquisa, analisa que a perda de 4,4% do ramo de transportes foi a principal influência negativa do levantamento. Ainda assim, a queda não é suficiente para reverter o ganho acumulado pela atividade entre fevereiro e março (7,5%).

“Vários segmentos de serviços dentro desse setor acabaram por gerar um impacto negativo: gestão de portos e terminais, transporte rodoviário de cargas, rodoviário coletivo de passageiros e transporte dutoviário. Esses segmentos tiveram importância no âmbito do volume de serviços como todo, ultrapassando a fronteira do próprio setor”, afirma Lobo.

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