Confiança do setor de serviços cai ao menor nível em quase um ano

O ICS (Índice de Confiança de Serviços) caiu 2,7 pontos em janeiro, para 89,5 pontos, o menor nível desde fevereiro de 2022 (89,2 pontos). Trata-se do quarto mês consecutivo de queda, de acordo com informações divulgadas nesta segunda-feira (30) pela FGV (Fundação Getulio Vargas).

Rodolpho Tobler, economista do Ibre (Instituto Brasileiro de Economia), afirma que o indicador confirma a tendência de tendência de desaceleração do otimismo do setor responsável por 70% do PIB (Produto Interno Bruto), iniciada em outubro do ano passado.

“A queda no mês foi influenciada principalmente pelo aumento do pessimismo em relação aos próximos meses, mas também por uma menor satisfação com a situação atual gerada pela perda de fôlego da demanda. O cenário para os próximos meses não parece ser facilmente revertido dado que as questões macroeconômicas envolvidas nessa desaceleração devem permanecer por algum tempo”, explica ele.

Para o pesquisador, a cautela dos empresários é percebida também em suas projeções para o curto prazo com queda na demanda prevista, contratações e na tendência dos negócios para os próximos seis meses.

No mês, o ISA (Índice de Situação Atual) cedeu 0,7 ponto, para 93,6 pontos, menor nível desde março de 2022 (90,9 pontos), com piora do indicador situação atual dos negócios para 92,8 pontos, enquanto o indicador de volume de demanda atual acomodou após cair nos últimos três meses com uma variação de 0,5 ponto, para 94,3 pontos.

Já o IE-S (Índice de Expectativas) caiu 4,6 pontos, para 85,5 pontos, menor nível desde março de 2021 (81,3 pontos). Os dois componentes do IE-S também caíram: o indicador de demanda prevista nos próximos três meses recuou 5,6 pontos, para 85,6 pontos, e o indicador de tendência dos negócios nos próximos seis meses recuou 3,7 pontos, para 85,5 pontos, menor patamar desde março de 2021 (84,3 pontos).

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